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Economia

Preço do diesel sobe independentemente da crise com Irã


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Um pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início da tarde desta quarta-feira (8), acalmou os mercados e fez o preço do petróleo recuar. Trump demonstrou que não pretende acirrar as tensões com o Irã. Somente na quarta-feira, o valor do petróleo havia subido 4%, aumento que foi praticamente todo revertido pela fala do líder dos EUA.

A notícia é um alívio momentâneo para os caminhoneiros, que temem uma disparada no valor do diesel. Se a crise com o Irã se agravar, os preços do petróleo certamente voltarão a subir.

No caso do diesel, os preços já vêm em ascensão. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor médio do litro do diesel S500 estava a R$ 3,779 no levantamento mais recente, da semana entre 29 de dezembro a 4 de janeiro. Já o do S10, a R$ 3,847.

Em ambos os casos, os preços vêm subindo semana a semana, mesmo antes do início do conflito entre Estados Unidos e Oriente Médio. De 8 a 14 de dezembro, o diesel comum custava em média R$ 3,722. E o S10, R$ 3,803 (veja no quadro).

O ano de 2020 começou com o terceiro maior valor do diesel desde o início de 2018. O preço do combustível comum na primeira semana deste janeiro perde apenas para o da semana de 27 de maio a 2 de junho de 2018, no auge da greve dos caminhoneiros, quando estava a R$ 3,828. Perde também para o da semana de 20 a 26 de maio daquele ano (R$ 3,788).

Presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, diz que as últimas análises mostram que os preços estão se estabilizando. “(É preciso) manter a calma e pensar como solucionar uma redução dos custos do combustível, em uma visão macro para a classe, e não ficar dependendo de notícias externas que afetam diretamente a classe”, afirma.

A entidade promete se posicionar de forma “dura e firme” caso a Petrobras faça ajustes “desproporcionais de acordo com mercado internacional”. “Mas neste momento, não vemos nenhuma mudança de comportamento radical da estatal, que detém a produção e a arbitragem dos derivados no País”, declara. Já Vanderli Caetano, do Sindicam de Goiás, afirma que a situação é preocupante, mesmo com o presidente Jair Bolsonaro garantido que “o impacto não será grande”.

Wanderlei Alves, o Dedeco, outro líder da greve de 2018, reclama que governo federal se nega a tratar do valor do diesel com os caminhoneiros. Demonstrando desesperança em relação às negociações da categoria com Brasília, ele afirma que cabe aos sindicatos tomarem a frente do processo. “Eu como liderança que fui no passado não quero mais saber disso.”

Agrolink

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